Sob regência do maestro Leandro de Oliveira, a orquestra presenteou Arceburgo com clássicos da música erudita e popular em evento gratuito no Coreto Municipal João Baptista Cilli. Mantida pela Prefeitura Municipal de Mococa, a Filarmônica mocoquense representa ação relevante no apoio à música erudita e ao desenvolvimento de seus integrantes. A Filarmônica, símbolo cultural e patrimonial mocoquense possui mais de 130 anos de Fundação. A orquestra que foi fundada em 25 de março de 1892 é mais antiga que a Igreja Matriz, fundada em 1896. Com um repertório que resgata canções que emocionaram e ainda emocionam muitas pessoas, a banda se apresentou com uma fusão de gerações, jovens e experientes músicos juntos garantindo sintonia e beleza.
A história da Filarmônica confunde-se com a história da imigração italiana para a região. Em toda sua existência teve cinco maestros, Pietro Angelo Camin, Pasquali Luigi Gagliardi, Giovanni Balan Passione, Benedito Burroni, Carlos Spina e atualmente Leandro de Oliveira. Seu presidente é o mecenas Luíz Benedito Romão.
Essa apresentação é uma parceria do Setor Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural de Arceburgo, vinculado à Secretaria Municipal de Educação. A apresentação no local, também foi oportuna em razão do aniversário do saudoso João Baptista Cilli, que denomina o logradouro.
CORETO MUNICIPAL JOÃO BAPTISTA CILLI
Além de mais um cartão postal da cidade, o Coreto promove a difusão cultural por meio do uso do seu espaço. Simultaneamente, o Coreto oferece dois palcos: um para a Praça Matriz e outro para apresentações no Calçadão Municipal, principalmente para a barraca da Festa de São João e Milharal. A construção do Coreto é em respeito à memória e à história da cidade, que no período de 1923 a 1946 teve seu Coreto (na parte debaixo da Praça).
A Prefeitura Municipal de Arceburgo decidiu denominar seu Coreto de “João Baptista Cilli”. Respeitável arceburguense falecido em 2017, João Baptista Cilli foi vereador por dois mandatos e prefeito do município nos idos dos anos 70. Sua atuação política foi destaque em empreendimentos na área da cultura, lazer e turismo. Como prefeito, entre outras obras e serviços, ele foi o responsável pela construção do Clube da Praça e a parte superior da Praça Matriz, onde o Coreto que leva seu nome, foi construído. Entusiasta da história e cultura, João Baptista Cilli tinha peculiar interesse pela música, acabando por integrar por anos a tradicional Banda Fortaleza, sendo membro das diversas formações da Banda local. Filho de tradicional família pioneira de Arceburgo, em vida, João Baptista Cilli foi homenageado pelo Poder Executivo Municipal em Sessão Solene por ocasião da Data Magna de Emancipação Política do Município e foi condecorado pelo Instituto Histórico e Cultural de Arceburgo com a Comenda da Ordem de São João da Fortaleza. Sua vida pessoal também compreendeu sucessos. Foi um destacado empresário da Loja Bassani que tanto contribuiu na geração de bens e serviços, emprego e renda na Municipalidade. Também constituiu uma respeitada família ao lado da esposa Dona Bayja Maffud. A homenagem da Prefeitura é por seu legado político, cultural, empresarial e familiar, constituído sobretudo ao lado da esposa Dona Bayja.
As grades do antigo coreto (demolido em 1946 para a ampliação e reforma da Praça) estão instaladas como corrimões na ponte na saída de Arceburgo para Fazenda Café Velho logo depois da Nutrimental. As ferragens do antigo Coreto foram construídas pelo imigrante italiano Antonio Bevilacqua (nascido em Veneza, Itália, em 1887). Além do protagonismo na construção do Coreto, Antônio Bevilacqua também integrou a Banda Filarmônica de Arceburgo, onde tocava Tuba. Parte ilustrativa dessas ferragens estão expostas no Coreto João Baptista Cilli, em homenagem a Família Bevilacqua. Por sua importância histórica e cultural, o Coreto foi tombado como Bem Cultural pelo município.